João Pedro Caleiro*
 |
Clique na imagem para ampliar. |
A partir desta terça-feira (27), carros elétricos ou movidos a hidrogênio (técnica também chamada de "célula de combustível") não vão mais pagar imposto de importação no Brasil.
A decisão, publicada hoje no Diário Oficial da União e com vigência imediata, isenta essa categoria da tarifa de importação de 35% que o Brasil aplica sobre veículos importados.
A alteração foi feita por meio da inclusão na Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum (Letec) e contempla automóveis montados ou desmontados.
O Comitê Executivo de Gestão da Camex (Gecex) também ampliou o escopo da redução que já estava vigente para incluir outras categorias de carros híbridos (com motor de combustão combinado com tração elétrica ou pneumática).
As medidas buscam "inserir o Brasil em novas rotas tecnológicas, disponibilizando ao consumidor veículos com alta eficiência energética, baixo consumo de combustíveis e reduzida emissão de poluentes. Tais medidas estão alinhadas à política de fomento para novas tecnologias de propulsão e atração de novos investimentos para produção nacional desses veículos."
 |
Carro elétrico Model S, da Tesla Motors Clique na imagem para ampliar. |
Não restam dúvidas de que os carros verdes vieram para ficar. As principais montadoras do mundo investem cada vez mais em modelos de menor consumo de combustível e impacto ambiental que, aos poucos, caem no gosto dos consumidores.
O preço, naturalmente, ainda é um empecilho para a expansão do mercado de carros híbridos e elétricos. Mas em alguns mercados, isso começa a mudar.
A Noruega, que lidera o mercado de modelos verdes do mundo, eliminou impostos sobre os veículos limpos e foi ainda mais longe, oferecendo estacionamento gratuito e acesso a corredores de ônibus. Atualmente, os carros híbridos e elétricos são, praticamente,
"bestsellers" no país. No primeiro trimestre de 2015, 8.112 veículos movidos a eletricidade foram vendidos por lá, representando quase um quarto das vendas totais de veículos no país. Os dados são de um relatório produzido pela consultoria
IHS Automotive, especializada na indústria automotiva mundial.
Já os Estados Unidos registraram 15.000 verdinhos novos no mesmo período, mas o número absoluto representou apenas 0,8% das vendas totais de carros no país no primeiro trimestre.